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SIMplex

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22
Set09

Debate SIMplex vs. Jamais

André Couto

Por iniciativa do Núcleo de Estudantes Socialistas da Faculdade de Direito de Lisboa e de Estudantes Sociais Democratas da mesma Faculdade anunciamos o mui esperado debate SIMplex vs. Jamais, a decorrer esta 5a feira dia 24 de Setembro às 15h no Anfiteatro 6 da Faculdade de Direito de Lisboa, junto à Reitoria da Universidade de Lisboa.

 

Contamos com a presença de todos!

07
Set09

O lado lunar da Verdade

André Couto

Manuela Ferreira Leite passeia alegremente pela Madeira, sentindo o doce cheiro de circular nas artérias do poder. É assim que o verniz se quebra e a Verdade vem ao de cima. Percebemos então que para Manuela Ferreira Leite asfixia democrática só no Continente, na Madeira os nativos respiram liberdade de expressão e de opinião. No mesmo sentido o Arquipélago que hoje visita é o paladino nacional da legitimidade democrática, exactamente o mesmo sítio onde Deputados são impedidos de entrar na Casa da Democracia. Imposta parece ser a legitimidade de José Sócrates, mas isso já terá sido um exagero de interpretação dos jornalistas, claro.
Estes dois pontos são conjugados com as inaugurações em período eleitoral. No Continente e feitas por Socialistas são oportunismo, na Madeira e feitas por si, são uma consequência natural da obra feita.

 

Será a Madeira um mundo paralelo? Achará Manuela Ferreira Leite que passou por um qualquer Buraco Negro e que portanto passeia por uma realidade política diferente? Verdade como tudo isto é ter andando de festa em festa sentada num veículo do Governo Regional. Um mimo esta excursão. Faço votos que não se constipe.
A ler no insuspeito
Público.

 

(Também no Câmara de Comuns)

27
Ago09

Rumo à Justiça

André Couto

José Sócrates e Luís Marques Mendes almoçaram a 8 de Setembro de 2006 em Belém.O repasto celebrava a assinatura do Acordo para a Reforma da Justiça, onde PS e PSD se comprometiam a resolver alguns pontos quentes da área, designadamente ao nível do Processo Penal, da questão do Mapa Judiciário ou do Estatuto dos Magistrados. Numa atitude de louvar, assumiram-se algumas convergências políticas, colocando-se de parte as divergências. A Justiça ganhava novo alento como vertente vital do Estado de Direito e meio pelo qual este se realiza.

 

Os múltiplos interesses em jogo não eram facilmente conciliáveis, sendo certo que as corporações, instaladas em quintas ornamentadas durante décadas, criaram vícios e privilégios dos quais não pareciam pretender abdicar. O caminho delineado era difícil e corajoso mas, apesar das dificuldades, assumiu-se um compromisso. Porém, o PSD, logo após a saída de Luís Marques Mendes, e pela mão dos líderes que lhe sucederam, empenhou-se em rasgar o acordado.

Já o Governo, mostrando que fora eleito para governar, cumpriu a palavra dada ao PSD e ao país, investindo no cumprimento das reformas prometidas no programa eleitoral e no Acordo. Hoje a desmaterialização, eliminação e simplificação de actos processuais geram eficácia e redução de custos. O Plano Tecnológico da Justiça (CITIUS) é uma realidade. No quotidiano de cidadãos e empresas surgiram facilidades como o Nascer Cidadão, Casa Pronta, Documento Único Automóvel, Registo Predial online ou Empresa na Hora, bem como meios alternativos de resolução de litígios como os Julgados de Paz. Tudo isto mudou a face da Justiça, sendo certo que alguns dos efeitos apenas a longo prazo se sentirão.

Ao longo da governação, o PS, por força da concretização das reformas que a Justiça há muito reclamava, conquistou inimigos, factura da ousadia de querer mais e melhor para o país sem olhar a interesses ou ceder a pressões. Já o PSD, pela mão dos seus sucessivos líderes, em desnorte estrutural, seguiu pelo terreno fácil do populismo sem rumo, apoiando todos os que discordam do Governo.

 

Atendendo a isto, qual é hoje o valor da palavra do PSD? Que fé nela depositar sabendo-se que "rasgar" e "conveniência política" são ali sinónimos? Como pode um partido merecer o depósito da nossa confiança se desrespeita, facilmente e de forma reiterada, compromissos políticos assumidos?

 

Estabilidade, identidade e firmeza nos passos dados são requisitos essenciais para governar. A história prova que é no PS que os portugueses podem confiar. O presente não é excepção.
 

(Publicado hoje no Diário Económico)

03
Ago09

Pior que não ser a favor de nada é nem parecer

André Couto

Surgiram pelo Jamais vozes de indignação pelo facto de o Diário Económico os apresentar como um "Blog crítico do PS". Não contenho a minha dificuldade em compreender a reacção.

O facto em análise é apenas este:

 

 

Como pretendem ser apresentados com identidade própria aqueles que, apresentando-se como grupo têm como rostos únicos os do inimigo? Como pretendem ser considerados alternativa construtiva aqueles cujo nome é a rejeição do opositor?

Mais, olhando para a casa onde habitam, tendo em conta não só a imagem dissecada como a maioria dos conteúdos produzidos, com que base espera Rodrigo Adão da Fonseca ser rotulado a favor de algo?

01
Ago09

Da desnecessidade de programas eleitorais, no Jamais

André Couto

O Tiago Moreira Ramalho fez uma crítica ao facto de o PSD se preparar para apresentar o seu programa eleitoral em Setembro. Independentemente de concordar com o exposto pelo Tiago gabo-lhe a coragem e a frontalidade de o escrever no Jamais. Valoriza a sua postura enquanto blogger.

Surgiu logo João Gonçalves defendendo a opção da "Sra. das Pérolas" num post que cujo título qualifica os programas eleitorais como "perder de tempo".

Segundo o autor o Programa Eleitoral do Partido Socialista não existe para os eleitores, existe para "os jornalistas e os escreventes (...) que precisam de qualquer coisa para encher os jornais e as televisões em tempo de morna.". Mas não é suposto os programas eleitorais serem escrutinados pela comunicação social? Não é isso saudável e do mais elementar que a democracia tem?

Diz ainda que "Ferreira Leite tem todo o interesse em falar para o país - coisa diferente de o maçar com calhamaços demagógicos que ninguém lê e dos quais só se respiga o picaresco - quando o país estiver para aí virado. E só estará (...) em Setembro. Mesmo assim e com as criancinhas a entrar na escola e na gripe psicológica, nem sequer vale muito a pena esgotar a "pedagogia e a saliva. Para mais, depois do dia 27 tudo indica que ninguém vai poder aplicar o "seu" programa. Para quê perder tempo?".

 

Resta saber como pretende que se atinja o esclarecimento para boa tomada de decisão acerca do sentido de voto. Será a concretização psicológica do regresso aos tempos em que tal não era necessário?