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SIMplex

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25
Set09

Encontro de gerações

Ana Vidigal

Hoje na Cervejaria Trindade, alguns SIMplex:

Em cima da esquerda para a direita: Rui Herbon, João Pinto e Castro, Ana Vidigal, Sofia Loureiro dos Santos, Bruno Cardoso Reis, Porfírio Silva, João Galamba, Paulo Ferreira, Tiago Julião.

Em baixo, da esquerda para a direita: André Couto, Eduardo Pitta, Mariana Vieira da Silva, José Sócrates, Palmira F. Silva, Irene Pimentel, Tomás  Vasques, José Reis Santos, Gonçalo Pires, João Contâncio.

Estiveram ainda presentes Victor Sancho, Guilherme W. de Oliveira Martins, Miguel Vale de Almeida e Eduardo Graça 

(fotografia de Maria João Pires)

20
Set09

Ele acha, nós achamos, todos devem achar

Palmira F. Silva

Imperdível a crónica de Ferreira Fernandes no Diário de Notícias de hoje, a propósito do nacional-achismo, certamente o responsável para que, em Agosto, o Público decidisse transformar suspeições com "explicações grotescas"  (provedor do Público dixit) em manchetes sensacionalistas. Diz o cronista no seu «Ele acha, logo existe»:

 

«Não venham cá com os vossos factos que eu tenho as minhas suspeitas - eis Portugal cada vez mais assim. Já tínhamos os inspectores da Judiciária que falhavam uma investigação sobre factos e acabavam a vender livros sobre as suas suposições. Isso era a prática corrente - as vitórias morais no futebol eram a expressão mais popular dessa tendência. Há semanas, uma líder partidária, Manuela Ferreira Leite, decidiu dar base programática à coisa: "Eu não quero saber se há escutas ou não, eu não quero saber se há retaliações ou não, o que é grave é que as pessoas acham que há." O nacional-achismo passou a doutrina oficial.»

 

E já que estamos em achismos, acho que o último parágrafo é realmente importante, porque se fosse real o tal clima de medo, a tal asfixia democrática com que o PSD substituiu um programa vazio e a total falta de ideias, não floresciam tantas teorias achistas, sem qualquer sustentação...

 

«Como se sabe, o achismo vive numa nebulosa e alimenta-se de leves impressões - tivesse sido encontrado um pequeno facto e lá ia a tese de Belém por água abaixo. Felizmente, podemos continuar a achar, a suspeitar, a desconfiar. É um modo de vida como outro qualquer. Só peca quando descamba para a sua variante de apontar o "clima de medo que se vive." A frase destrói a tese. Se houvesse mesmo um clima de medo, eu acho, suspeito e desconfio que não havia tanta gente a apontá-lo.»