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SIMplex

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22
Set09

MICRO Pequenas e Médias Empresas: Tenham Medo, muito Medo!

Bruno Reis

Entre os melhores momentos desta campanha esteve o debate em que Jerónimo de Sousa pôs Paulo Portas a concordar com ele na necessidade de apoiar não apenas as PMEs mas também as MICRO empresas!

 

Ora eu pensava que para os adeptos do capitalismo puro nenhuma empresa - seja ela micro ou macro - devia ser sujeita ao arbítrio do apoio do Estado. (Ou será que na versão portuguesa todas as empresas deviam ser apoiadas, e o rendimento mínimo devia acabar por causa das fraudes nos subsídios?)

 

Ora eu pensava que para os adeptos do comunismo puro nenhuma empresa - seja ela micro ou macro - devia sequer existir, quanto mais ser apoiada. Nacionalizar tudo! (A NEP se bem me lembro, foi considerada um revisionismo pequeno-burguês inaceitável, e os pequenos empresários mais prósperos, donos de PMEs, e como Estaline explicou a Churchill, foram todos mortos pelo seu pecado.)

 

O tema é sobretudo ridículo, porque nenhum governo fez tanto como o do PS para apoiar a modernização das PMEs, ou procurou ajudar mais na promoção das exportações essenciais para que possam crescer e prosperar.

 

Deixo algumas perguntas para quem nunca soube o que é uma PME:

O PCP e o PP (ou será a CDU e o CDS?) declaram que é um vergonha o governo apoiar bancos em dificuldades como o BPN em vez de apoiar mais as PMEs.

 

O que teria sucedido se o BPN tivesse ido à falência? Quantas PMEs têm conta no BPN - que dava das melhores condições e dos multibancos mais baratos nas lojas? Eu conheço vários donos de MPMEs com contas lá... Pode haver PMEs sem grandes bancos a concederem-lhe crédito? O que teria acontecido às PMEs se o nosso sistema bancário tivesse entrado em colapso?

 

As MPMEs podem sobrevir sem Grandes Empresas? Não são estas últimas os seus grandes clientes? Ou os grandes empregadores dos seus clientes?

 

Quem fala muito de MPMEs geralmente fala mal e demagogicamente. O que as MPMEs precisam é de um governo com uma estratégia económica clara, que ajude a atrair investimentos e a criar emprego.

 

Alguém acredita que um governo do PSD faça isso? Afinal, não é MFL que defende que o melhor é não abrir o guarda-chuva do investimento público como todos os outros países porque se pode estragar,  e que devemos ficar à espera que a chuva da crise mundial passe fazendo umas obritas no beiral? ("É a vida!")

 

Por isso realmente as PMEs devem ter medo, muito medo, sobretudo daqueles que mais falam delas.

21
Set09

Aproveitamento do PCP - Deficiência

Hugo Costa

O PCP reuniu hoje com a Associação Portuguesa de Deficientes. Entre críticas injustificadas ao trabalho notável e de sapa do governo nesta área, que o PSD tinha deixado entregue ao vazio existiram muitos elogios ao PCP.

 
Mas algo não batia certo nesta reunião. O PCP foi reunir com um Associação que é Presidida por alguém que além deste cargo é Presidente do Comité Paralímpico Português e candidato a deputado pelo PCP. Ver lista.
 
Será que os candidatos a deputados do PCP reuniram-se consigo Próprios?
12
Set09

O Bloco de Esquerda já ganhou

Carlos Manuel Castro

No campeonato que PCP e BE tanto gostam de disputar, ainda que não o assumam, o de quem ganha a esquerda à esquerda, o BE já ganhou este ano.

 

E não ganha por eleger mais ou menos deputados do que a CDU, mas sim pelo BE conseguir o que o PCP acanhadamente não assumia desde 1989: um amor pelos princípios da sovietização da sociedade.

 

A defesa de atentados à Liberdade individual, à propriedade privada (o princípio tanto se aplica aos grandes como aos pequeno e micro proprietários - afinal, trata-se de um roubo segundo os cânones ortodoxos), a importância das nacionalizações, nunca mereceram tanto brado no Portugal democrático pós-queda do Muro de Berlim como hoje.

 

A direita portuguesa demonstra não querer aprender nada com a actual crise mundial, mas a esquerda à esquerda do PS não quer entender por que falhou o modelo soviético.

07
Set09

Concordo Completamente com Jerónimo de Sousa

Bruno Reis

Jerónimo de Sousa disse duas coisas essenciais no seu debate com Sócrates:

 

1. Os sindicatos não têm sempre a razão toda.

 

2. O fundamental é o emprego.

 

O problema  é: alguém acredita que o PCP fará (e tem feito) outra coisa senão apoiar totalmente tudo o que os sindicatos (aliás muitos ainda controlados por quadros do PCP) exigem, mesmo que isso leve empresas à ruína, e o Estado a um deficit descontrolado?

 

O problema é: alguém acredita que o PCP com o seu princípio de guerra de classes contribuirá para criar emprego em Portugal - emprego economicamente sustentável?

 

É fundamental o papel negocial dos sindicatos, mas sobretudo os sindicatos da CGTP frequentemente caem no tudo ou nada, particularmente quando estão lidar com o Estado e o dinheiro dos contribuintes.

 

É fundamental o papel do Estado numa crise como esta para fomentar emprego e pagar aos desempregados, mas alguém acredita que com greves a toda a hora e exigências de aumentos insustentáveis se convencerá investidores a arriscarem o seu capital e criar emprego em Portugal?

 

Se o PCP é sincero nestas suas preocupações então deve mudar - pelo menos em parte - de política prática, mesmo que não de crenças ideológicas e slogans.

05
Set09

Combate 3 - PCP/CDU contra PS - rescaldo

Sofia Loureiro dos Santos

Sócrates esteve muito bem. Preparado, cordato, firme, documentado.

 

Jerónimo de Sousa também esteve muito simpático. Recuou nitidamente nas acusações que colavam o PS ao PSD e à direita, assim como retirou a acusação/insinuação de interferência do PS ou de Sócrates na demissão de Manuela Moura Guedes. José Sócrates esteve soberano, nesse assunto.

 

Será que o PCP se está a preparar para se disponiblizar para um eventual apoio a um governo do PS?

 

Nota: Também aqui.

 

03
Set09

A pobreza das esquerdas à esquerda da esquerda democrática

Carlos Manuel Castro

O debate de hoje sujeita-se a ser o mais enfadonho de todos os debates. Nenhum dos participantes será Primeiro-Ministro nem quer ter pretensões de assumir responsabilidades no País. Como já fizeram questão de dizer em público.

 

Todavia, será interessante saber como consegue o PCP e o BE acabar com o desemprego sem sacrificar os portugueses. Pois como defendem, ainda que não o digam explicitamente, a sua solução seria, apenas, integrar as pessoas desempregadas nos quadros do Estado, com a irresponsabilidade que isso representaria para as contas públicas, para o dano da competitividade nacional e para a condenação ao insucesso das empresas.

 

PCP e BE continuam leais ao modelo soviético, ainda que uns digam que preferem Estaline e outros Trotsky.  Para o PCP e BE a riqueza é pecado e o mérito pessoal é uma questão de egoísmo.

 

Em suma, duas propostas da mesma face da moeda. Duas soluções para a banca rota. Assim é, e gosta de estar, a esquerda à esquerda democrática, que prefere acabar com os ricos, em vez de acabar com a pobreza.