Escolhas evidentes
Maioria defende coligação caso não haja maioria absoluta
De acordo com uma recente sondagem, os portugueses dizem, entrelinhas, que preferem estabilidade governativa, durante quatro anos, a um Governo sem condições de concretizar o seu programa, isto é, não ter apoio maioritário no Parlamento.
Assim, volta a equacionar-se, na possibilidade do vencedor de 27 de Setembro não ter maioria absoluta, o cenário de coligações pós-eleitorais. Se à direita é fácil haver entendimento, à esquerda tal não existe. PCP e BE não dão, nem querem dar qualquer contributo válido para o País, pois a responsabilidade de governar é um peso grande de mais para as suas posturas e causas, irresponsáveis e demagógicas.
Os portugueses vêem-se, por isso, confrontados com uma de duas opções evidentes no próximo dia 27 de Setembro, tendo em conta aquilo que querem para o futuro Governo de Portugal: ou votam no PS ou, então, no PPD ou CDS, que é indiferente.
Há quem entenda que o voto de protesto, legítimo, pode ser importante, mas qualquer voto no PCP ou no BE, em abono da verdade, apenas reforça a dupla Manuela Ferreira Leite/Paulo Portas. Será isso que os portugueses querem? O regresso a um passado recente cheio de trágicas e nocivas marcas para o País?