Sócrates vs Jerónimo: uma forma diferente de politicar
O debate de hoje foi incomum. Não houve manigâncias notórias, a coisa soou a conversa de café. Jerónimo esteve bem, não entrou com falta de ar, nem o ar lhe faltou durante a troca de ideias - nada semelhante a um Portas com respiração incompleta. Ousou até ir além da mítica k7. Sócrates esteve praticamente perfeito. O estilo "ó Jerónimo de Sousa, confesse lá, que ninguém nos ouve", assentou-lhe muito bem. E as respostas (confissões) serviram-lhe. E ao país. Não porque encomendadas, mas porque Jerónimo, "olhos-nos-olhos", foi incapaz de negar, de forma audível, a valia das políticas sociais do Governo. A postura de Sócrates em relação ao caso TVI foi esclarecedora: a decisão, questionável, não lhe pode ser imputada. E Jerónimo, que parece trabalhar com factos e provas, não se fez Louçã.
Este debate não se ganhou - dum lado e doutro ter-se-ão ganho votos, sim, mas a partidos ausentes.
(em estéreo na jugular e no Eleições 2009)