Combate 1 - CDS/PP contra PS - rescaldo
Este combate, que se adivinhava agressivo e difícil, acabou com alguma vantagem para José Sócrates, que conseguiu desmontar a enorme demagogia de Portas em relação à segurança: fazer perceber aos eleitores que as acusações do CDS em relação ao aumento da insegurança pela alteração às leis penais foi, ao fim e ao cabo, aprovada no Parlamento pelo CDS.
Foi um momento de enervação extrema para Paulo Portas que disparou em todas as direcções, agarrando rapidamente o discurso dos idosos sem direito à reforma. Só comparável à pergunta mortal que Vasco Rato fez a Aguiar Branco, no debate do referendo da IVG. Aguiar Branco, depois de ter defendido que a pergunta apresentada no referendo não tinha qualquer sentido, teve que confessar que a tinha votado favoravelmente.
José Sócrates insistiu, talvez um pouco em demasia, no passado governativo de Portas, cujas responsabilidades não foram tão grandes como Sócrates tentou insinuar. O problema do Iraque foi forçado e podia ter sido poupado.
Em tudo o resto, desde a segurança social às reformas educativas, desde o aumento do ordenado mínimo até à redução do défice (pergunta inicial a que Paulo Portas fugiu, visto que não foi capaz de negar que as propostas do seu programa aumentam o défice), o governo tem obra para mostrar e o CDS passeou a sua demagogia o mais que lhe foi possível. Mais uma vez a atitude do Primeiro-ministro, que tem contra si todos os partidos da oposição, foi firmemente convicta.
Este modelo de debate é um pouco estranho. Não percebi muito bem qual o papel de Constança Cunha e Sá.
Nota: Também aqui.