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Era ministro da Educação de Cavaco Couto dos Santos, actual cabeça de lista do PSD pelo distrito de Aveiro (e cônsul da Rússia de Putin no Porto). Professores e estudantes em luta não deixavam Cavaco (e o seu Governo)
trabalhar. Nada que não se resolvesse com um despacho a proibir, sem a prévia autorização do ministro Couto dos Santos, resposta a pedidos de esclarecimentos e de informações, fornecimento de dados ou de quaisquer outros elementos, todas as declarações, entrevistas ou quaisquer outras intervenções.
É assim que foi publicado o Despacho nº 18-I/ME/92, de 2 de Abril de 1992. A Dr.ª Manuela, tendo substituído Couto dos Santos no auge da balbúrdia no Ministério da Educação, deu-se bem com o despacho da mordaça que proibia que funcionários e professores falassem aos
media.
O despacho da mordaça foi apenas revogado pelo Governo de Guterres.
Acresce que a Dr.ª Manuela, não satisfeita com os efeitos do silenciamento dos professores e funcionários, proibiu a visita de políticos aos estabelecimentos de ensino, tendo impedido que, em 1995, o futuro primeiro-ministro Guterres se pudesse deslocar a uma escola, o que a líder do PSD tem, na hora actual, feito sempre que o deseja.