Teste decisivo à Esquerda (razões de um voto no PS)
Só o PS pode guarantir uma vitória da esquerda nas eleições legislativas.Claro que o PCP e o BE e muita comunicação social e “comentadores” dizem que o PS não é de esquerda.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Só o PS pode guarantir uma vitória da esquerda nas eleições legislativas.Claro que o PCP e o BE e muita comunicação social e “comentadores” dizem que o PS não é de esquerda.
Segundo Manuela Ferreira Leite e PSD há um problema que condiciona todos os outros - a dívida pública portuguesa!!!
Isto é dito pelo partido que cavou mais fundo no deficit! Como argumento contra o partido que mais fez para equilibrar as contas públicas.
Mas mesmo assim o que diz a imprensa internacional de referência da área económica sobre esta questão tão premente da dívida portuguesa?
Fui ver o Financial Times que em artigo da semana passada afirma que a zona euro mostrou a sua força nesta crise, e o spread da dívida pública Portuguesa e de outros Estados periféricos tem caído a pique face à Alemanha: The so-called peripheral economies of
De Rui Tavares a Joaquim Aguiar há muitos oráculos da vida portuguesa que vêm dizer que Sócrates não pode, ou não deve falar do interesse geral. Falar do interesse geral é a ditadura, é a direita. O diálogo - tão vilipendiado com Guterres - é agora afinal o ideal.
Não concordo. Defender e progredir no sentido do interesse geral é o que faz a esquerda e o que dá sentido ao Estado democrático. Claro que numa democracia podemos discutir o que será melhor para o interesse geral, e até como o definir.
É aliás para isso que há programas eleitorais - não conheço nenhum que se afirme abertamente corporativo, de defesa apenas e só de certos grupos ou pessoas. É aliás por isso - porque há interesse geral, mas ele se vai sempre construindo e reconstruindo em democracia - que há eleições nacionais (e não corporativas).
Se não há interesse geral, que sentido faz o Estado, que sentido faz um governo? Deve só dialogar? Mas com que sentido se não no de promover o interesse geral?
É normal que haja muitos professores irritados. Reformar a educação nunca é fácil. A avaliação nunca é uma coisa objectiva. O PS e Sócrates já deixaram claro que vão ouvir mais - os sindicatos, se desta feita for possível, ou directamente os professores se os sindicatos continuarem numa posição bloqueio de qualquer negociação exigindo a suspensão da avaliação
Louçã não escondeu a sua ambição de fazer um Bloco comum da Esquerda, com ele a mandar, claro, e o PS engolido de preferência aos bocadinhos.
Nada conviria mais ao PSD que assim garantiria o monopólio do poder governativo para a direita durante umas décadas.
Isto não afasta que, em políticas económicas, por exemplo, o PS possa, se houver oposição responsável à direita, aprovar medidas responsáveis com ela nesse campo.
Isto não afasta que, em política sociais, por exemplo, o PS possa, se houver oposição responsável à esquerda, aprovar medidas progressistas neste campo com eles.
Não se trata de voto útil no PS. Todos os votos o são à sua maneira. Trata-se de dizer que (para mim) é evidente que quem quiser ter um país com governo a partir de dia 27 realmente terá de votar PS.
PS - Evidentemente que se o PSD e o BE vierem dizer que garantem que não formarão uma coligação negativa contra um governo PS, quem sou eu para duvidar até, eventualmente, actos desmentirem tais palavras. Mas ainda assim faltará quer a uns quer a outros uma ideia de governo de progressismo realista que é o me interessa.
Eu de facto não vejo nada de anormal em que o Director do Público nos tempos que correm tenha ido a um comício do PSD e outro do CDS. Acho até perfeitamente normal.
Convinha, no entanto, que VGM se recordasse que quem veio falar de falhas graves no jornalismo político do Público, e de uma agenda política oculta, foi o próprio Provedor do Público, Joaquim Vieira.
Fora de brincadeira, o Público é um jornal fundado por grandes jornalistas e continua a ter grandes professionais. Esperemos que os deixem trabalhar como deve ser no futuro.
IMAGEM: www.wehavekaosinthegarden.blogspot.com
Os nossos amigos do PSD resolveram colocar dois textos demoradamente dizendo que falar hoje de Salazarismo e Salazarentos em relação a um(a) adversári@ polític@ é uma prova de grave falta de cultura democrática, uma tentativa de conquistar o voto dos cidadãos assustando-os como se fossem criancinhas.
Só é pena que estes textos publicadas por duas pessoas que aprecio – o Nuno Gouveia e o Miguel Morgado – não tenham sortido efeito no Carlos Botelho que publicou (até ver) nada mais, nada menos do que 17 postes (!!!!!!) no blogue de apoio ao PSD (que partilha com os ilustres citados) a acusar Sócrates de salazarismo. Não notaram? Não tem o dito Carlos Botelho nada a dizer a respeito deste crítica violenta de que foi alvo? Não têm NG e MM nada a acrescentar em vista deste facto algo paradoxal?
Entre os melhores momentos desta campanha esteve o debate em que Jerónimo de Sousa pôs Paulo Portas a concordar com ele na necessidade de apoiar não apenas as PMEs mas também as MICRO empresas!
Ora eu pensava que para os adeptos do capitalismo puro nenhuma empresa - seja ela micro ou macro - devia ser sujeita ao arbítrio do apoio do Estado. (Ou será que na versão portuguesa todas as empresas deviam ser apoiadas, e o rendimento mínimo devia acabar por causa das fraudes nos subsídios?)
Ora eu pensava que para os adeptos do comunismo puro nenhuma empresa - seja ela micro ou macro - devia sequer existir, quanto mais ser apoiada. Nacionalizar tudo! (A NEP se bem me lembro, foi considerada um revisionismo pequeno-burguês inaceitável, e os pequenos empresários mais prósperos, donos de PMEs, e como Estaline explicou a Churchill, foram todos mortos pelo seu pecado.)
O tema é sobretudo ridículo, porque nenhum governo fez tanto como o do PS para apoiar a modernização das PMEs, ou procurou ajudar mais na promoção das exportações essenciais para que possam crescer e prosperar.
Deixo algumas perguntas para quem nunca soube o que é uma PME:
O PCP e o PP (ou será a CDU e o CDS?) declaram que é um vergonha o governo apoiar bancos em dificuldades como o BPN em vez de apoiar mais as PMEs.
O que teria sucedido se o BPN tivesse ido à falência? Quantas PMEs têm conta no BPN - que dava das melhores condições e dos multibancos mais baratos nas lojas? Eu conheço vários donos de MPMEs com contas lá... Pode haver PMEs sem grandes bancos a concederem-lhe crédito? O que teria acontecido às PMEs se o nosso sistema bancário tivesse entrado em colapso?
As MPMEs podem sobrevir sem Grandes Empresas? Não são estas últimas os seus grandes clientes? Ou os grandes empregadores dos seus clientes?
Quem fala muito de MPMEs geralmente fala mal e demagogicamente. O que as MPMEs precisam é de um governo com uma estratégia económica clara, que ajude a atrair investimentos e a criar emprego.
Alguém acredita que um governo do PSD faça isso? Afinal, não é MFL que defende que o melhor é não abrir o guarda-chuva do investimento público como todos os outros países porque se pode estragar, e que devemos ficar à espera que a chuva da crise mundial passe fazendo umas obritas no beiral? ("É a vida!")
Por isso realmente as PMEs devem ter medo, muito medo, sobretudo daqueles que mais falam delas.
Os partidários de Manuela Ferreira Leite mostraram-se muito preocupados, a respeito de um texto que escrevi para o DE, com o facto de Sócrates fazer muitos amigos para Portugal pelo Mundo, nomeadamente o Presidente da Venezuela, país onde vivem centenas de milhares de descendentes de Portugueses e para onde aumentaram as nossas exportações.
Afirmava no texto que a diplomacia económica de Sócrates e dos seus ministros ajudou a criar empregos em Portugal. E mantenho.
Eu não morro de amores por Chávez, mas a diplomacia é isto mesmo – colocar o interesse nacional em primeiro lugar. (Aliás, para quem gosta tanto da democracia à madeirense, não percebo qual é problema do PSD com Chávez, afinal também ele ganha eleições repetidamente.)
PS : Imagem do Príncipe Filipe de Edimburgo (um bom par para MFL) in http://myfunnybusiness.com
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
As imagens criadas pelo autor João Coisas apenas poderão ser utilizadas em blogues sem objectivo comercial, e desde que citada a respectiva origem.