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SIMplex

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24
Set09

Falta de Democracia e Excesso de Lata no PSD

Bruno Reis

IMAGEM: www.wehavekaosinthegarden.blogspot.com

 

Os nossos amigos do PSD resolveram colocar dois textos demoradamente dizendo que falar hoje de Salazarismo e Salazarentos em relação a um(a) adversári@ polític@ é uma prova de grave falta de cultura democrática,  uma tentativa de conquistar o voto dos cidadãos assustando-os como se fossem criancinhas.

 

Só é pena que estes textos publicadas por duas pessoas que aprecio – o Nuno Gouveia e o Miguel Morgadonão tenham sortido efeito no Carlos Botelho que publicou (até ver) nada mais, nada menos do que 17 postes (!!!!!!) no blogue de apoio ao PSD (que partilha com os ilustres citados) a acusar Sócrates de salazarismo. Não notaram? Não tem o dito Carlos Botelho nada a dizer a respeito deste crítica violenta de que foi alvo? Não têm NG e MM nada a acrescentar em vista deste facto algo paradoxal? 

 

23
Set09

O mundo ao contrário

Irene Pimentel

 

Há momentos em que o mundo parece estar virado ao contrário e em que os valores que norteiam a nossa vida parecem estar invertidos. Este é um desses momentos: em primeiro lugar, porque a Presidência da República parece não ter capacidade para ser o garante das instituições democráticas; em segundo lugar, porque um jornal parece receber encomendas e estar a fugir a princípios de independência e isenção e, finalmente, porque uma candidata a primeira-ministra diz que recusa viver num país onde o medo está instalado (candidata que tinha mais de trinta anos no 25 de Abril e nunca se manifestou contra qualquer atentado às liberdades perpetradas pelo regime ditatorial).
Descontando o facto de me parecer que eu não estou a viver no mesmo país em que vive essa candidata, enquanto cidadã portuguesa, preocupada com a manutenção da liberdade e da democracia em Portugal, pergunto se não deveria o PR ter demitido Fernando Lima mais cedo? Dado que não quero ser ingénua e que, tal como todos os portugueses, tenho de tomar uma decisão com tudo o que sei até agora, no dia 27, vou votar PS!
 
(publicado no Diário Económico, hoje)

 

 

19
Set09

(post-it 37) Mais uma notícia vinda de dentro

João Paulo Pedrosa

Estou convencido que esta notícia é mais uma manobra, entre tantas outras, dos adversários internos da drª Ferreira Leite para a desacreditar. Se um eleitor, daqueles que decidem eleições, tiver a percepção que há alguma possibilidade do PS fazer uma coligação com o BE, opta, justamente, por dar o seu voto ao PS e não ao PSD. É assim, por exemplo, que pensa José Miguel Júdice quando, ainda hoje, em declarações ao jornal Público afirma:

 

"(...) Não acredito nas capacidades de MFL para governar Portugal e enfrentar os desafios que estão à nossa frente, sobretudo com um PS que - sem Sócrates, provavelmente - virará à esquerda. Se ela tivesse seguido o exemplo de Sónia Gandhi, talvez outro galo cantasse. Tudo medido, e nesse pressuposto, vou dar o meu voto ao PS - pela primeira vez em eleições legislativas. Será um voto em José Sócrates, que fique claro. E que não voltarei a dar no futuro se o ímpeto reformista se não vier a concretizar. Digamos que é umvoto receoso, mas com esperança. Julgo, aliás, que será assim o voto de muitos portugueses moderados. Que pouco precisam para si, mas que muito querem para Portugal e para filhos e netos". 

 

 

 

18
Set09

(post-it 36) De cabeça perdida

João Paulo Pedrosa

Acabei de ouvir a drª Ferreira Leite afirmar na sic-notícias que há medo na democracia portuguesa porque um director geral perdoou multas a determinadas pessoas por serem do PS (sic).

Referia-se a esta notícia, na qual é citado o facto da GNR pretender aplicar a lei da publicidade aos carros de campanha eleitoral e esta não se aplicar às campanhas partidárias como, aliás, milhares de candidaturas autárquicas que usam estes meios de comunicação há muito sabem.

Com franqueza é muito penoso ver que, em desespero de causa, a drª Ferreira Leite entra por este caminho. Há formas mais dignas de acabar.

 

14
Set09

Entre o TGV e a Comunicação Social...

Ana Paula Fitas

Ainda nem foi a votos e já despertou uma crise que pode ter impacto internacional... trata-se de Manuela Ferreira Leite, claro! A líder do PSD, escudada num nacionalismo bacoco que pretende justificar-se com custos e benefícios para o país, decidiu investir contra um acordo de Estados, causando perplexidades e declarações públicas do Ministro do Fomento e das autoridades regionais extremenhas de Espanha que deixaram claro não poder vir a confiar num Estado que rompe unilateralmente com os acordos, a palavra e a cooperação. Como se não bastasse, a artificial polémica sobre o TGV (que o PSD defendeu e de que não prescindiria se fosse Governo) implica, no caso da desistência nacional deste investimento no calendário previsto, uma perda de 333 milhões de euros para Portugal... e assim cai por terra mais um dos argumentos da senhora que insiste em querer liderar o Governo de um país que não tem estrutura económico-social para falhar investimentos desta ordem à conta de "gaffes" e irreponsabilidades cujos efeitos nem do ponto de vista político são acautelados. Envergonhados devem também ficar muitos dos jornalistas da "nossa praça" que se têm empenhado, na campanha eleitoral em curso, em construir de Manuela Ferreira Leite uma imagem em tudo contrária ao que a mais simples observação do senso comum constata... enfim... cada um olha e vê o mundo com a côr das lentes que se lhe assemelha conveniente... o que é inegável é que não se vislumbram, entre parte significativa da comunicação social e no maior partido da oposição, efectivos sinais de preocupação com o interesse nacional. É pena!

13
Set09

The Return of the Plastic Woman

Tiago Julião Neves

Ela teve uma vida de estudo, uma vida académica, uma vida profissional, muitas conferências, muitas coisas escritas, experiência governativa... e agora voltou para nos livrar dele! 

 

 

Defensora da liberdade e da transparência (quando não aceita que lhe questionem uma certa seriedade política ou quando pede para se silenciarem incertas manifestações de camaradas espanhóis), baluarte da rectidão moral (quando reabilita Santana, incensa Jardim ou convida António Preto) esta personagem está muito além da plasticidade das palavras, do nevoeiro da dúvida e da escorregadia realidade factual.

 

Aquilo que diz e faz não importa. O que importa é aquilo que acha que disse e fez. Se há provas cabais que a desmentem, isso também não importa. Em MFL a essência não importa, ela é suprema e inatingível. O que importa é a substância cósmica, é a intuição sensível e o enlevo de sensações. MFL flui numa nuvem de sublimação ética e infinita elasticidade que lhe permitem reinventar continuamente a realidade.

 

Se MFL se exalta com a exposição pública das suas incongruências, lida mal com a insistência de jornalistas e adversários políticos, isso também não importa. MFL quer um cheque em branco devemos dar-lhe claro um destes... 

 

A proliferação de declarações contraditórias num tão curto espaço de tempo relativamente a temas tão diversos e importantes como a privatização da saúde e da educação, a importância da alta velocidade, ou as auto-estradas SCUT também não interessam. Só os medíocres é que analisam factos, os grandes políticos odeiam os espanhóis e desconfiam dos órfãos.

 

Ver aqui o debate entre José Sócrates e Manuela Ferreira Leite.

13
Set09

"Gaffes"

João Galamba

A líder do PSD estão tão segura da sua superioridade em relação a Sócrates que acha que pode dizer tudo, que ninguém lhe liga, que as palavras não têm importância. E hoje saiu-lhe algo mais ou menos assim: "veja lá se controla os seus camaradas que, juntamente com autarcas espanhóis, andam a fazer manifestações e petições para me pressionar sobre o TGV. Eu não gosto disso". Aparentemente, Ferreira Leite acha que isto é normal, que foi só uma frase, que não importa. Como está a críticar José Sócrates — uma vil criatura, um trafulha —, e como, afinal,  Ferreira Leite "É" Ferreira Leite, está tudo bem. Inexplicavelmente, tudo se vai desculpando a Ferreira Leite. Mas há limites. Tem de haver limites.

 

Dizem-nos que Ferreira Leite é um desastre comunicativo. Dizem-nos que, mais do que as declarações públicas, interessa a pessoa, o carácter, a seriedade de Ferreira Leite. Mas estas qualidades não podem ser pressupostas. Em algum momento do tempo, Ferreira Leite terá de ser confrontada com as suas palavras, com, digamos, a sua existência empírica — aquilo que vai dizendo e fazendo. E Ferreira Leite hoje disse uma coisa inadmissível em democracia. Asfixia democrática? Tenham pudor.

08
Set09

(post-it 31) E não é que rendeu mesmo

João Paulo Pedrosa