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SIMplex

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25
Set09

Votar PS – para evitar o Desgoverno de uma coligação PSD e BE

Bruno Reis

Louçã não escondeu a sua ambição de fazer um Bloco comum da Esquerda, com ele a mandar, claro, e o PS engolido de preferência aos bocadinhos.

 

Nada conviria mais ao PSD que assim garantiria o monopólio do poder governativo para a direita durante umas décadas.

 
Além disso, o PSD e o BE convergem nas críticas a muitas das políticas do governo Sócrates. A única forma de evitar este cenário é o Partido Socialista ter o maior número possível de votos.

 

Isto não afasta que, em políticas económicas, por exemplo, o PS possa, se houver oposição responsável à direita, aprovar medidas responsáveis com ela nesse campo.

 

Isto não afasta que, em política sociais, por exemplo, o PS possa, se houver oposição responsável à esquerda, aprovar medidas progressistas neste campo com eles.

 

Não se trata de voto útil no PS. Todos os votos o são à sua maneira. Trata-se de dizer que (para mim) é evidente que quem quiser ter um país com governo a partir de dia 27 realmente terá de votar PS.

 

PS - Evidentemente que se o PSD e o BE vierem dizer que garantem que não formarão uma coligação negativa contra um governo PS, quem sou eu para duvidar até, eventualmente, actos desmentirem tais palavras. Mas ainda assim faltará quer a uns quer a outros uma ideia de governo de progressismo realista que é o me interessa.

25
Set09

Bloco defende Serviço Militar Obrigatório

Hugo Costa

Não existem dúvidas que o BE defende o Serviço Militar Obrigatório.

 

 

Citação do programa do BE:

 

"Está transformada a própria natureza funcional das Forças Armadas: em nome do profissionalismo, da

eficiência empresarial, duma tecnocracia pretensamente apolítica, elas tendem a agir como corpos mercenarizados

de contratados de onde desapareceu qualquer eco, por retórico que fosse, do conceito republicano

dos “cidadãos em armas”. Corpos de profissionais de guerras imperialistas tendem a ser, em si mesmos,

uma ameaça à democracia."

 

É este o partido que os jovens olham como moderno? 

24
Set09

(post-it 43) Última hora: Louçã defende propostas da Direita

João Paulo Pedrosa

O descontentamento dos professores pela introdução de um sistema de avaliação mobilizou todos os partidos da oposição para captar os votos da corporação.

O ponto é este, os professores e as suas representações profissionais, neste capítulo, o mais longe que vão é até à auto-avaliação. E os partidos à direita, verdadeiramente, sempre deram cobertura a esta exigência e só muito timidamente, de forma pouco audível, é que falam em substituir o actual sistema por um outro, mas nunca indo ao essencial de rejeitar ou negar a pretensão exclusiva de um modelo de auto-avaliação. O que era preciso era ganhar, a qualquer custo, os votos dos professores e, para isso, não se comprometeriam com nada tal como, por exemplo, denunciei aqui

Todavia, há minutos, fora do pregão do culto que tanto o caracteriza, perante as câmaras de televisão e depois de acossado com a pergunta, de Louçã  lá veio a resposta fatal.

"O BE defende uma avaliação de professores formulada por entidades externas, por institutos".

Finalmente caiu a máscara ao líder do BE. Os professores ficam agora a saber que o dr Louçã não defende a auto-avaliação como os professores e as suas associações de classe pretendem. O dr Louçã defende o essencial do modelo do PSD, uma avaliação externa à escola, feita por entidades contratadas para o efeito. Estou certo que´este é o último modelo de avaliação que os professores podem vir a querer. Outsourcing, nunca, é o que sempre tenho ouvido dos professores.

Mas ainda é tempo das organizações sindicais se pronunciarem sobre esta proposta de Louçã. Se o interesse e o esclarecimento dos professores valer, claro está, mais que o interesse partidário das organizações políticas em que alguns militam.  

E, já agora, solicito a todos os blogues próximos do BE que divulguem esta informação, é conveniente que o maior número de professores a leiam. Não temam o seu juízo, vós que tanto destes à causa.

 

24
Set09

Dos bons e maus usos da Utopia em política

João Galamba

(Texto da autoria de Gonçalo Marcelo, doutorando em Filosofia na Universidade Nova de Lisboa)

 

Nenhum político pode aspirar à melhoria real da sociedade de cujos destinos se encarrega se considerar o exercício do poder como sendo a manutenção do status quo. Em certo sentido, um bom político tem que ser optimista, é certo, mas também insatisfeito; deve sentir em si a força motriz do progresso, da mudança em direcção a algo de melhor. E deve lutar por isso. Talvez seja esta mistura de confiança e optimismo, mas também de insatisfação e capacidade de luta, aliada aos dons naturais de comunicação que faz com que Obama seja o incrível político que mostra ser.

 

É nesse sentido que a política tem de ser, até certo ponto, utópica – isto é, tem de poder ser atraída pela possibilidade do diferente, pela representação do melhor, que é remetido para um tempo futuro mas que, em última instância, só pode ser obtido através da acção no presente.

 

Certos utópicos constroem sistemas de ideias perfeitas, ou escrevem sobre cidades que realmente não têm lugar. Por vezes, desiludidos com a distância que vai do aqui e agora até à projecção imaginada, desistem da realidade, fogem perante as dificuldades empíricas. Esta é a lógica do tudo ou nada, que a nada mais corresponde que a uma contaminação da realidade pela hipérbole do ideal. É uma má utilização da utopia, que corresponde a uma lógica de fuga. A utopia produtiva, se assim lhe quisermos chamar, é como uma ideia reguladora. Não tem de existir para produzir efeitos. E não tem de ser absolutamente obtida, em todos os seus contornos de projecção ideal, para que nos aproximemos o mais possível dela.


24
Set09

(post-it 42) Portugal não pode ficar refém do BE (II)

João Paulo Pedrosa

Agora mesmo, no fórum da TSF, um ouvinte assinalou:

"Votei Sócrates mas fiquei desiludido com algumas medidas do governo e decidi votar no BE nestas eleições, tinha grandes esperanças no Louçã. No entanto, com os debates fiquei desiludido, ele não tinha preparação como eu pensava que tinha e neste momento estou indeciso" 

Este ouvinte expressa, no meu entender, o sentimento de muitos eleitores, a saber, uma sedução enorme pelo discurso demagógico, populista e de facilidade de Louçã e a consciência, tomada pelo confronto dos debates, de que as palavras melífluas de Louçã não passam de um enorme logro. 

E é por isso que Louçã (até aqui afirmava-se candidato a primeiro-ministro), vem agora dizer que já só quer impedir a vitória do PS. Impedir a vitória do PS não é nenhuma proposta política decente, é apenas um péssimo contributo para tornar o país ingovernável, sem rumo e sem estratégia para os problemas das pessoas.

Não creio que seja isso que o cidadão quer na hora que decide o seu voto. 

 

19
Set09

Felizmente que o cidadão Louçã tem liberdade de escolha

Carlos Manuel Castro

Francisco Louçã e os seus companheiros partidários podem ter livre escolha para investir nas PPR's, como tudo indica que fazem, de acordo com o Expresso de hoje.

 

Ainda bem que o cidadão Louçã não é perseguido verbalmente por um BE que gosta de condenar tudo o que é privado.

 

Afinal, o cidadão Louçã - ao contrário de muitos milhões de portugueses - não acredita tanto no Estado Social e prefere que as suas economias, as de académico e deputado da Nação, sejam cativas ao privado.

 

Se o cidadão Louçã tem todo o direito de fazer a opção pessoal que assume, já o político Louçã tem falta de moral para propor o que anda a dizer ao País.

 

Quem tanto inventa, como a hipotética contratação da Mota-Engil para construir a estrada do Centro e depois nem tem a humildade de pedir desculpa pela mentira que disse, pode dar-se ao luxo de dizer o que quer. Mas em política não pode valer tudo! Para o BE parece que sim.

 

Em suma, o cidadão Louçã tem, como qualquer um de nós, uma grande condição do regime democrático: Liberdade, algo pouco condizente com as propostas do Bloco.

19
Set09

(post-it 37) Mais uma notícia vinda de dentro

João Paulo Pedrosa

Estou convencido que esta notícia é mais uma manobra, entre tantas outras, dos adversários internos da drª Ferreira Leite para a desacreditar. Se um eleitor, daqueles que decidem eleições, tiver a percepção que há alguma possibilidade do PS fazer uma coligação com o BE, opta, justamente, por dar o seu voto ao PS e não ao PSD. É assim, por exemplo, que pensa José Miguel Júdice quando, ainda hoje, em declarações ao jornal Público afirma:

 

"(...) Não acredito nas capacidades de MFL para governar Portugal e enfrentar os desafios que estão à nossa frente, sobretudo com um PS que - sem Sócrates, provavelmente - virará à esquerda. Se ela tivesse seguido o exemplo de Sónia Gandhi, talvez outro galo cantasse. Tudo medido, e nesse pressuposto, vou dar o meu voto ao PS - pela primeira vez em eleições legislativas. Será um voto em José Sócrates, que fique claro. E que não voltarei a dar no futuro se o ímpeto reformista se não vier a concretizar. Digamos que é umvoto receoso, mas com esperança. Julgo, aliás, que será assim o voto de muitos portugueses moderados. Que pouco precisam para si, mas que muito querem para Portugal e para filhos e netos".