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SIMplex

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27
Ago09

APRENDIZ DE MAQUIAVEL

Eduardo Pitta

Por muito que os costumes da tribo o desmintam, Rangel não pode torcer os valores, afirmando que ética e política são dissociáveis. Um desabafo no Snob, às 4 da manhã, percebe-se. Numa prédica institucional em vésperas de eleições, é alarmante. Claro que Rangel não é obrigado a ler Maquiavel. Eu, por exemplo, nunca li Kurt Gödel. Mas também não o cito.

Estas guerras do Alecrim e Manjerona são reveladoras da desorientação do PSD. Pretender que a política se reduz à arte de manipular (como, em certa medida, sucedeu no século XVI), dá bem a medida da renovação do maior partido da oposição.

 

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27
Ago09

Política sem ética

Leonel Moura

Segundo Paulo Rangel, deputado europeu e destacado membro da direcção do PSD, não se deve confundir a política e a ética. Esta surpreendente afirmação, derivada do combate interno contra Marques Mendes, é reveladora do estado de degradação política e mental a que chegou o actual PSD.

Baseando-se em Maquiavel, esse eterno recurso do primarismo político, Rangel afirma que a política é autónoma da ética. Ou seja, a política teria uma lógica própria – a da conquista e manutenção do poder –, que levaria à prática de actos e tomadas de decisão independentemente dos aspectos éticos envolvidos. O que implicaria tanto a inclusão nas listas para deputados de acusados por crimes de corrupção, quanto, por exemplo, o recurso à tortura e ao assassínio, tal como aconteceu recentemente nos Estados Unidos sob a Presidência Bush. Uma vez que se separe a ética da política onde fica a fronteira entre o aceitável e o condenável?

Rangel parece não ter entendido que a democracia moderna se caracteriza precisamente por uma íntima relação entre política e ética. Sem ética a política não é democrática, transforma-se num permanente abuso de poder. Por isso a declaração é tão grave. Ela significa o elogio do vale tudo, a ausência de princípios na acção política, o mais absoluto discricionarismo.

Para mais Rangel não entendeu Maquiavel. Ficou-se pelo maquiavelismo, convenceu-se que fazer política é a arte de manipular e ludibriar. E esqueceu um pequeno detalhe: Maquiavel escreveu sobre a tirania, hoje vivemos em democracia.

Mas não há mal que não venha por bem. Estamos agora esclarecidos que não se deve esperar qualquer comportamento ético por parte dos eleitos nas listas do PSD.

19
Ago09

GARGANTA FUNDA

Eduardo Pitta

«[...] Hoje o Correio da Manhã sugere, ao alto da 1.ª página, que a jurista Suzana Toscano, assessora da Presidência da República para a Educação e Juventude, e candidata do PSD, seria a garganta funda. [...]»

 

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09
Ago09

LAMENTÁVEL

Eduardo Pitta

Não li a Visão desta semana. Não tenho tempo para ler tudo. Mas li, tarde da noite, este post do Rogério da Costa Pereira. E se ele diz que Rui Tavares, em entrevista à referida revista, afirmou que, os blogues de apoio aos partidos, e passo a citar, «são escritos por pessoas interessadas nas suas carreiras políticas e destinam-se a ser lidos como "a voz do dono" transformando vozes próprias em deputados de terceira fila», não tenho dúvidas de que Rui Tavares fez mesmo essa afirmação leviana. Não me vou dar ao trabalho de ir conferir. Até pelas actuais responsabilidades, o Rui Tavares devia parar para pensar. É que nos blogues de apoio explícito aos partidos (três, que eu tenha dado por isso: o SIMplex, o Jamais e a Rua Direita), há gente completamente desinteressada de carreiras políticas, cujo currículo, que ele tem a obrigação de conhecer, lhe devia merecer alguma consideração. Simplesmente lamentával.