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SIMplex

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30
Jul09

Passar das palavras aos actos

João Galamba

Hoje, no jornal i, o presidente do IPS deu mais uma lamentável entrevista onde volta a misturar de forma trapalhona, irresponsável e discriminatória - sim, discriminatória - os conceitos de grupos de risco e comportamentos de risco, retratando os homossexuais como um bando de promíscuos. A entrevista contém várias declarações inaceitáveis, como por exemplo "a experiência também nos diz que relações que em princípio eram totalmente monogâmicas não são tão monogâmicas assim" ou "quando uma pessoa se apresenta assumidamente como homossexual e quer dar sangue, eu interpreto como uma provocação. Quem quer dar sangue não vem com esta atitude".  Gabriel Olim pode dizer as vezes que quiser que não tem qualquer problema com homossexuais, mas quando lhes atribui, por definição, uma liberalidade sexual que os distingue de outros grupos, está objectivamente a discriminar um determinado grupo de pessoas em função da sua orientação sexual. Esta estigmatização colectiva é inaceitável, e um partido que se diz defensor dos direitos dos homossexuais não pode aceitar que uma pessoa que insiste em fazer declarações deste teor continue à frente de um instituto público. O Dr. Gabriel Olim não tem condições para continuar à frente do Instituto Português do Sangue, e devia ser imediatamente demitido.

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