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SIMplex

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25
Set09

Mobilidade eléctrica: revolução invisível II

Tiago Julião Neves

Portugal é no contexto da EU27 o primeiro País a avançar com um Programa para a Mobilidade Eléctrica de âmbito nacional, mérito de um Governo que soube antecipar a importância estratégica da integração das políticas de ambiente, energia e transportes.

 

Importa que esta consciência se articule também com as políticas de ordenamento do território e de urbanismo de forma a materializar padrões sustentáveis de ocupação e uso do solo, evitando a dispersão de actividades no território.

 

O Programa para a Mobilidade Eléctrica, o Plano Tecnológico para a Energia, o Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética e a Estratégia Nacional para a Energia ilustram uma estratégia de investimento integrado e estruturante, onde a mobilidade eléctrica a par das energias renováveis constituirá pilar robusto do desenvolvimento económico do País no longo prazo.

 

Resolução do Conselho de Ministros nº 20/2009 de 20 de Fevereiro

Aprova o Programa para a Mobilidade Eléctrica em Portugal;

 

Despacho nº 13897/2009 de 8 de Junho de 2009

Constitui o Gabinete para a Mobilidade Eléctrica em Portugal (GAMEP)

 

As sinergias com as energias renováveis permitirão carregar as baterias do veículo eléctrico com a energia eólica produzida à noite e vender à rede o excesso durante o dia. Mais concorrência, rede mais eficiente e mobilidade com menores custos sociais e ambientais.

 

Em 2010 estarão a funcionar 320 postos de carregamento rápido (20m) e lento (6h) que permitirão testar as vantagens e inconvenientes de cada opção. Em 2011 com 1.350 pontos de carregamento compatíveis com todos os veículos eléctricos e vários incentivos à sua aquisição, Portugal reforça a liderança na área das novas tecnologias, aspecto estruturante do modelo de desenvolvimento económico e social defendido pelo PS.

 

O projecto mobi-e incentiva a actividade económica de elevado valor acrescentado, promove a inovação e a integração tecnológica, cria emprego qualificado e abre caminho às novas formas de mobilidade sustentável. Representa um enorme esforço de mobilização da indústria nacional (CEIIA-CE, Critical Software, EDP Inovação, EFACEC e Novabase coordenados pela INTELI) que fomenta a integração entre indústria e comunidade científica através da criação de novas áreas de negócio e investigação.

 

 

O seu sucesso comprovará a inovação, tecnologia e valor portugueses aplicados a uma área emergente e em franco desenvolvimento. Portugal poderá assumir-se como plataforma no espaço europeu e mundial para a exportação de soluções tecnológicas associadas à mobilidade eléctrica. Do abastecimento móvel de energia (com o veículo em andamento), às soluções tecnológicas para o modelo de rede, as hipótese de crescimento são diversas e promissoras.

 

Portugal poderá ainda beneficiar do pacote de iniciativas para a recuperação económica da Europa através da “Green Cars Initiative” e a aposta em  projectos de demonstração pioneiros no âmbito do desenvolvimento de novas tecnologias receberá apoio de fundos europeus via ICT for Mobility of the Future ou ICT for the Fully Electric Vehicle.

 

 

O Programa para a Mobilidade Eléctrica potencia a construção social de um novo paradigma de desenvolvimento e de uma nova cultura de mobilidade. Cria perspectivas de mobilidade sustentável ao permitir alterar comportamentos e adoptar escolhas não convencionais de elevado potencial (como as bicicletas, scooters ou motos eléctricas) que permitem compatibilizar o desejo de mais mobilidade com menor ocupação de espaço e menores custos económicos, sociais e ambientais.


Esta iniciativa ilumina o caminho para mais, mas sobretudo melhor mobilidade, possível apenas através de uma revolução social planeada. A visão estratégica e integrada deste Governo terá grande visibilidade a médio e longo prazo, mas a revolução invisível está a começar hoje e Portugal sai à frente na Europa e entre os primeiros no Mundo.

 

É toda uma visão de sociedade moderna e audaz que estará em jogo no dia 27, podemos apoiá-la ou destruí-la, mas nunca imiscuir-nos da nossa responsabilidade no processo.

 

Eu votarei PS!

 

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