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SIMplex

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07
Set09

Liberdade, liberdade, tem cuidado que te matam.

Eduardo Graça

 

Assisti, ontem, à Convenção do PS no Coliseu dos Recreios. O que me surpreendeu? O funcionamento sem falhas da Convenção (pelo menos visíveis) que os detractores do PS devem considerar uma maleita mas que me deixou antever uma organização profissional, ou seja, o que se espera dos Partidos que são associações pagas, em boa parte, com o dinheiro dos contribuintes; o elevado nível, político e intelectual, das intervenções de dirigentes e de muitos convidados, oriundos dos mais variados quadrantes da sociedade, na sua maioria, independentes; algumas referências a matérias, outrora polémicas, que foram varridas, como por encanto, da agenda política nacional. Como por exemplo: a questão europeia (que coisa mais estranha!), a regionalização, a revisão constitucional, a co-incineração (quantas manifestações!) … Em contrapartida, para meu contentamento, falou-se muito de liberdade e democracia. É pela política que o PS vai lá! É pela política que o PS ganhará as eleições! Uma das linhas distintivas do PS em relação aos restantes partidos é a questão da liberdade. A defesa da liberdade pode ser penosa para outros partidos, menos para o PS. É a bandeira da liberdade que o PS não pode, em circunstância alguma, deixar de levantar porque é ela que distingue o PS, pela sua história e acção quotidiana, dos restantes partidos, à sua esquerda e à sua direita. Albert Camus, no conturbado período do pós guerra (1945) escreveu: “Finalmente, escolho a liberdade. Pois que, mesmo se a justiça não for realizada, a liberdade preserva o poder de protesto contra a injustiça e salva a comunidade.” (…) [In Cadernos nº 4]. E Jorge de Sena, nos alvores da Revolução de Abril, em 4 de Junho de 1974, escreveu, no magnífico poema “Cantiga de Maio”, este verso emblemático: “Liberdade, liberdade, tem cuidado que te matam.Será o eleitorado de esquerda capaz de compreender o que está em jogo nestas eleições?  

3 comentários

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    amália 07.09.2009

    Ninguém se lembrou de chamar ilegal à suspensão do jornal de 6ª, até Louçã vir com essa...
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    Mário Cruz 07.09.2009

    Tem andado distraida amália. Desde o princípio que se falou em ilegalidade. Em nenhum orgão de informação uma Administração pode suspender um programa passando por cima da Direcção de Informação. Foi esse o argumento usado e bem, pela Direcção quando se demitiu em bloco, perante a ilegalidade cometida pelos espanhois.
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